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Projeto Outubro 27, 2020

A Covid-19 na terra do Agronegócio da Amazônia

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Mato Grosso apresenta índices de mortalidade superiores a média nacional e pouca e infraestrutura hospitalar para atender a população vítima da Covid-19. A pandemia do novo coronavírus revelou que o progresso prometido pela conversão da floresta mostrou-se quase inexistente no tocante à saúde pública. Com uma produção de 32 mil toneladas de soja, o equivalente a R$ 32,7 bilhões de reais por ano, o estado oferece 450 UTI públicas adulto para os pacientes da Covid-19, que devem ser repartidas entre uma população de 3,5 milhões de pessoas.  Em Lucas do Rio Verde, um dos polos da produção de grãos e local do primeiro óbito da Covid no estado, existe apenas nove leitos público de UTI adulto para Covid-19, e uma população de 67 mil pessoas.

A proposta dessa série é desenvolver três matérias abordando como as estradas do agronegócio foram propulsoras para a interiorização da Covid-19, principalmente entre as populações indígenas, como no Xingu e entre os Boe Bororo, e como a riqueza dos grãos não se converteu em benefícios sociais, como uma saúde pública de qualidade. 

Até 20 de outubro o estado contabilizava 138 mil casos e 3,7 mil mortes pelo novo coronavírus. As populações indígenas foram as mais afetadas com índices de contaminação três vezes superiores a média nacional. Segundo a Associação dos Povos Indígenas do Brasil, o estado é o segundo do país em numero de óbitos de indígenas em decorrência da Covid-19.  A proposta desta série é mostrar como a população do principal estado do agronegócio do país, o maior exportador de commodities, luta contra a pandemia do novo coronavirus.